LAGOA DO LIMO OU LAGOA DO LINO? O CANGAÇO EM MAIRI

12/02/2014 20:13

LAGOA DO LIMO OU LAGO DO LINO? O CANGAÇO EM MAIRI

 

Vicente Figueiredo - Historiador.

 

       O cangaço é um fenômeno resultante dos conflitos rurais entre famílias poderosas, da desigualdade social, e da ausência do poder publico, especialmente no sertão nordestino. Segundo o historiador paulista Marco Antônio Villa[1], durante as grandes secas que ocorreram na região, os poucos recursos que o governo federal enviava para a sobrevivência dos flagelados eram na grande maioria desviados pelas autoridades regionais. Não é difícil imaginar as arbitrariedades cometidas pelos mandões locais, os senhores do "baraço" e do "cutelo".

      Virgolino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, entre as décadas de 1920 e 1930 do século XX, foi o bandido mais notório do Brasil. Nascido em uma pequena vila pernambucana, à época Vila Bela, hoje Serra Talhada, no ano de 1898, numa família de remediadas posses. Em suas andanças percorreu sete estados nordestinos e ficou quase 20 anos no cangaço como sua principal liderança. Extremamente estrategista inovou o cangaço adotando uma nova estética e dividindo seu bando em vários subgrupos, para os quais indicou como chefes diversos companheiros entre àqueles que se destacaram pela lealdade, valentia e espírito de comando, sendo mais conhecidos Corisco, Zé Baiano, Zé Sereno, Labareda, Gato, Mariano, Azulão e outros mais[2].

Esses grupos operavam diferentes áreas de vários estados, método que usavam para confundir e despistar seus perseguidores, especialmente as polícias estaduais, as denominadas volantes[3]. Com a morte de Virgolino Ferreira e grande parte do seu bando em 28 de julho de 1938, o cangaço perdeu sua força, não só pelas crescentes baixas e destroçamento dos bandos, como também, em razão do isolamento decorrente de uma nova política oficial, concebida como modelo para o Estado Novo que incluía a imagem de modernidade e desenvolvimentismo, incompatível como grupos marginais como os cangaceiros, representações da incivilidade e atraso, mazelas sociais que precisavam ser erradicadas. Os poucos sobreviventes, sucumbiram a repressão violenta, optando pela rendição ou dizimados pelas forças militares, aas conhecidas volantes, como foi de Corisco, morto em 25 de maio de 1940, pelas mãos do José Rufino – aquele mesmo que queria “passar de pato a ganso” – como afirmara Lampião, em Brotas de Macaúbas, em território baiano. Antes, contudo, nas muitas escaramuças com a polícia baiana, outros grupos sucumbiram, a exemplo do que ocorreu com Azulão e seus companheiros abatidos no ano de 1933, na fazenda Lagoa do Limo município de Monte Alegre, atualmente Mairí[4].

Segunda a narrativa oral dos meus avôs, antes de chegar a Lagoa do Limo Azulão e seu bando deixaram rastros de sangue na região. Na mesma semana em que foram mortos passaram pela Fazenda Morrinhos, de Zezé Almeida, localizada entre os municípios de Várzea da Roça e Mairi, ocasião na qual os bandidos assaltaram a casa e assassinaram o vaqueiro, o proprietário e o seu filho. Os prisioneiros foram levados para varanda, local em que um dos cangaceiros golpeou o rosto do fazendeiro com o rifle e indagou onde havia escondido o dinheiro. Enquanto isso os demais vasculhavam a casa em busca de jóias e ouro, Zezé ainda sem entender o que ocorria interrogou o que estava acontecendo, recebendo como resposta um tiro fatal. Zabelê revirou os bolsos do morto encontrando um conto de réis, quantia que repassou para o Chefe.  O filho de Zezé correu para socorrer o pai, porém, foi executado a tiros por Canjica, Maria, companheira de Azulão, soltou o vaqueiro e ordenou que ele fosse preparar a comida, que ao se recusar obedecer a cangaceira foi atingido com um tiro nas costas, Azulão ainda o apunhalou na clavicular, como se sangra um boi e ato contínuo a cangaceira impressionada com a quantidade de sangue que brotava do cadáver, benzeu-se e, toda arrepiada disse: “Nóis tomo cortado[5]”!! Segundo tio Manezinho o sangue dos corpos corria pelo terreiro da fazenda.

      Depois da chacina seguiram tranqüilamente como se nada houvesse acontecido. No final da tarde chegaram a Fazenda Carrancuda que ficava cerca de três léguas dali, na chegada observaram os arredores da casa para terem a convicção que não havia alguma volante por perto.  Logo depois cercaram a moradia de João da Carrancuda a procura de dinheiro e jóias, mas o fazendeiro nada tinha para oferecer, sendo então espancado violentamente e as suas filhas só não foram estupradas porque a cangaceira  Maria, companheira de Azulã, intercedeu.  

 

  De acordo como o depoimento do meu tio avô Manoel Ferreira Dias, mais conhecido como Manezinho, na passagem do grupo de Azulão na região da Várzea da Roça eles ´também surraram uma curandeira, surgindo daí uma história segundo a qual, essa mulher teria feito um “trabalho” para deixa eles “bobados[6]”, circulando sem poder sair dessa região da Lagoa do Limo  e facilitando assim a ação das seus perseguidores. Importante destacar que a prática de curandeirismo[7] no Sertão é a mistura do candomblé africano com elementos da cultura indígena, o conhecido Candomblé de Caboclo, por isso que as casas de candomblés são chamadas de casas de curadores, diferente do candomblé de matriz puramente africana que conhecemos em Salvador e Recôncavo baiano.

Sobre este fato ouvi do meu tio Pedro Lopes, morador do Bom Sucesso, povoado daquele município, dizer que no ano de 1933 uma volante oriunda de Jeremoabo e integrada com a Força[8] do sargento José Fernandes de Mundo Novo - ambas cidades sediadas na Bahia - e sob a chefia do Tenente José Rufino passou pela região em busca dos cangaceiros que estavam escondidos naquelas localidades. Segundo ele as volantes seguiam em direção da Fazenda Lagoa do Limo, pois já tinha informação onde os “cabras” estavam acoitados[9]. Os bandidos chegaram à noite, Azulão gritou o coiteiro Zeca das Batatas para prepara a comida, Zeca abriu a janela lentamente e depois foi a porta com um candeeiro na mão, dizendo para os cangaceiros entrasse logo, no interior da casa o dono avisou que era melhor irem se arranchar no mato próximo da roça de mandioca. Advertiu que ali estava infestado de “macacos[10]”. Quase todos os dias passam uma Volante por essas bandas. Com essa informação Azulão colocou o cangaceiro Canjica de vigia na frente da casa, enquanto os demais jantavam. Quando os militares chegaram à fazenda onde os bandidos se alojavam encontraram uma mulher a quem interrogaram sobre o paradeiro do bando, a qual afirmou nada saber, não tendo mesmo visto nenhum cangaceiro na região. O comandante estava muito desconfiado da resposta, já que rastos de alpercatas marcavam o solo dando evidencia de muita gente no terreiro da casa, quando naquele momento chegava um garoto do mato, filho da mulher interrogada, com uma cabaça onde havia transportado água, sendo que neste instante um dos chefes das volantes indagou ao menino de onde ele vinha, momento em que a mãe do garoto começou a chorar temendo que os soldados lhes matassem. O menino, igualmente assustado, então contou que ter levado água para alguns trabalhadores e pressionado pelos policiais o levou até onde estavam os supostos trabalhadores. Feita a aproximação cautelosa do local o Tenente orientou que o garoto apontasse o esconderijo e voltasse abaixado e deu sinal para que os soldados se espalhassem e tomasse suas posições de combate. Cumprida a determinação, quando os sitiantes aproximavam-se do coito um dos integrantes pisou em um galho seco que estalou chamando atenção dos “cabras”, que estavam no maior folgar comendo ovos cozidos com batata doce e tomando café. O tiroteio foi rápido e fulminante não havendo tempo para os cangaceiros sacarem as armas, O resultado final foi à morte de três homens e uma mulher, enquanto outros dois conseguiram escapar. Zabelê e Maria Dórea, ou Maria de Azulão como também era conhecida tombaram mortos, Arvoredo e Calais escaparam pela caatinga, Azulão e Canjica caíram baleados. Segundo o escritor José Anderson Nascimento[11], alguns bandoleiros foram decapitados ainda com vida, “Canjica, malferido, implorava-lhes (aos militares, grifo nosso) que não cortasse o pescoço, mas as suas súplicas não foram ouvidas. Azulão diante da aproximação do verdugo grunhiu: morri como homem cabra! Após o ritual macabro, os militares vasculharam os bolsos, bornais e chapéus dos cangaceiros, só foi encontrado um canto de réis no bolso de Azulão. Arrancaram os anéis dos dedos do cadáver de Maria e um deles apanhou o trancelim[12] de ouro, embebido de sangue e areia, o qual antes ornava o pescoço da cangaceira”.

       Na citação abaixo Nascimento descreve a figura de Maria de Azulão.

 

                          .         [...] Maria de Azulão, morena esbelta e vestia a caráter. Trajava roupa para entrar no mato, visto que as mulheres do cangaço usavam dois trajes, um para o mato e outro para a cidade. No reinício das atividades usava roupa nova. Era vestido de mescla acinzentado, cujo comprimento ia a baixo dos joelhos; manga até os punhos, remendadas por galões coloridos. No tórax, à altura dos seios, outros calões enfeitavam o traje da sertaneja, natural de Jacobina Bahia.

                                                                                                                          (NASCIMENTO, p. 225)

 

     As cabeças foram transportadas em sacos, expostas para fotografia em Mairi e depois seguiram para o Instituto Nina Rodrigues em Salvador. Ainda de acordo com o velho Pedro, próximo do local havia uma roça de mandioca que ficou totalmente arrasada com o tiroteio.

O cangaceiro Azulão morto na Lagoa do Limo.

 

       Segundo meus avós moradores da região foram vistos dois cabras e uma mulher, sobreviventes do conflito passaram próximos a uma fazenda no povoado de Maracujá[13] e seguiram em direção a Senhor do Bonfim. Antes de chegar a Lagoa do Limo, todavia, o bando de Azulão passou pela casa de minha tia avó Joana Ferreira, moradora do Bom Sucesso no município de Mairi, quando este ainda adotava a toponímia de Monte Alegre. De acordo com depoimento de minha avó Vitalina Ferreira Dias, no ano de 1933 um grupo de cangaceiros passou pela casa de sua irmã Joana Ferreira, moradora do Bom Sucesso. De acordo com ela, os “cabras” chegaram à tardinha e foram logo pedindo comida, mas a velha disse que não tinha a “mistura”, no caso o complemento de carne animal (frango, bode, boi, caça, etc). Naquela ocasião passava pelos arredores da casa uma novilha do coronel Manoel Juazeiro[14], os bandoleiros abateram a novilha a rifle e depois que tiraram parte do couro e pediram a ela que aprontasse. Contava à velha que eles foram muito gentis com ela, alguns pilheriavam, contavam casos. Foi uma noite muito alegre, a anciã tinha uns tachos grandes de barro nos quais eles ajudaram no ajudaram a preparação da carne e, quando se retiraram pela madrugada lhes deram uma grande soma em dinheiro, mas embora ela nunca revelasse o valor, sabe-se que não foi pouco, porque dona Joana Ferreira pode adquirir uma propriedade e criar gado com o dinheiro recebido. Consta ainda da tradição oral que quando os cangaceiros partiram o marido dela, temeroso, pediu que ela queimasse imediatamente o dinheiro, porque a volante podia imputar-lhes a acusação de coiteiros, mas dona Joana não se intimidou, ao contrário e espertamente enterrou o dinheiro e só depois de algum tempo foi usá-lo Confirmava a minha avó foi esse dinheiro que ela comprou sua própria terra e até gado, já que antes ela morava de agregada nas terras do coronel Manoel Juazeiro, aqui já citado anteriormente. Esse Azulão já citado diversa vezes era o terceiro, o baiano nascido na Várzea da Ema. No Cangaço tinha esta pratica dos indivíduos adotarem o nome dos anteriores, Lampião estrategicamente ao morrer um cangaceiro o próximo recrutado levava o nome do antigo e assim ele confundia seus perseguidores.

 

 

Curiosamente no livro “Lampião na Bahia” do escritor e historiador Oleone Coelho Fontes, editado em 1988, o autor comete um equivoco com relação ao nome da fazenda Lagoa do Limo local onde foi abatido o bando de Azulão. A página 314 da obra mencionada, Fontes denomina a Lagoa do Limo como Lagoa do Lino, entretanto, ao conversarmos com o próprio escritor ele admitiu o erro cometido, mas podemos perceber que permanece uma grande lacuna na historiografia brasileira, pois a maioria dos historiadores e escritores que produzem sobre o cangaço não se aprofunda em suas pesquisas e nem faze uma análise historiográfica crítica, algo que não se aplicar a Oleone Coelho, porquanto, muito embora não seja um autor que se ocupe da interpretação dos fatos históricos, cuida com zelo de pesquisar e levantar fontes, notadamente as fontes orais, as quais concede espaço generoso em seus trabalhos. O historiador e estudioso do assunto Manoel Neto tem um analise pertinente sobre isso, segundo Neto o sujeito lê um livro, mas escreve dois, sem pelos menos fazer um estudo profundo da temática. O episodio da Lagoa do Limo é bom exemplo disso. Ao longo dos meus estudos sobre o cangaço tenho percebido que grande parte dos pesquisadores, historiadores e escritores repetem-se incidindo no erro cometido por Coelho Fontes                A citação abaixo se refere o combate da Fazenda Lagoa do Limo em 1933. Oleone escreveu: e Jaynes Billy Chandler, em seu livro “Lampião, o Rei dos Cangaceiros[15], como também, Frederico Pernambucano de Mello, em “Guerreiros do Sol[16]”, engrossa essa a lista que foi crescendo.

 

                                           [...] Mais homens de Lampião iriam tombar, no mês seguinte, no dia 19 na fazenda Lagoa do Lino (grifo nosso), município de Monte Alegre (hoje Mairí). Naquele mês havia seguido para a zona de Mundo Novo e Monte Alegre 3 volantes, pois corriam rumores de que Azulão e 5 cangaceiros operavam naquelas bandas. Quando os policiais chegaram à fazenda onde, segundo declarara o informante, se achavam alojados os bandidos, encontraram apenas 1 mulher que disse não ter conhecimento do paradeiro deles. Duas meninas se aproximavam da casa, interrogadas, informaram que alguns homens estavam bem ali pertinho se alimentando. A policia, cercada dos devidos cuidados, aproximou-se e abriu fogo, conseguindo ferir gravemente 4 dos 6 bandidos, numa luta que durou mais de 15 minutos. Em seguida, a volante acabou de matar os feridos, decapitando-os. As cabeças, depois de expostas em Monte Alegre, foram levadas para Salvador e mostradas no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues, para uma multidão de curiosos. (FONTES, P. 314)

 

A Lagoa do Limo nunca foi do Lino, isso é um erro factual, pois ela sempre se chamou Lagoa do Limo. Quem costumava dar essas denominações às lagoas eram os vaqueiros, como pontos de encontros na caatinga, já que naquela época o gado vivia solto, não existindo cercas. O processo de cercamento em grande parte do sertão nordestino só se daria à partir da década de 1950, mas até hoje existem algumas regiões que o gado vive solto na caatinga, como por exemplo, na região de Jaguarari no sertão baiano. De acordo como meus avós, moradores de região, a Lagoa tinha esse nome porque era uma lagoa muito funda e quando chegava à época das chuvas de trovoadas ela enchia e passava um longo período de cheia, produzindo em decorrência um grosso limo por cima da água, daí o nome Lagoa do Limo.

 

FONTES CONSULTADAS

BIBLIOGRÁFICAS

CASCUDO, Câmara Luís da. Viajando o sertão. 4º Ed. Editora global. São Paulo 2009.

CHANDLER, Billy Jaynes. Lampião reis dos cangaceiros. Rio de janeiro:paz e terra 1981.

FONTES, Oleone Coelho. Lampião na Bahia. Petrópolis: vozes, 2008.

LINS, Wilson. O médio são Francisco: uma sociedade de pastores guerreiros. 3º Ed. Editora nacional. São Paulo-1983.

 

MELLO, Frederico Pernambucano. Guerreiros do sol: o banditismo no nordeste do Brasil. Ed. A Girafa. São Paulo, 2004.

NASCIMENTO, José Anderson. Cangaceiros, coiteiros e volantes. -são Paulo: Editora Ícone, 1998.

PERICÁS, Luiz Bernardo. Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica. Editorial Boitempo São Paulo-2010.

VILLA, Marco Antonio. Vida e morte no sertão: história das secas no nordeste nos XIX e XX. São Paulo: editora Ática-2001.

 

 

IMPRESSAS;

1º. Um aspecto dos flagelados em jacobina, Estado da Bahia, terça-feira, 14 de março de 1933, p. 1º.

2º. Êxodo dos sertanejos, Estado da Bahia, sábado 21 de janeiro de 1933, p. 1º.

3º. O celebre vampiro Dusseldolf, Diário da Bahia, sexta-feira 25 de abril de 1933, p. 3º.

4º. REVISTA, Memória da Bahia, o ciclo do cangaço, editada pela universidade católica de Salvador, com grandes matérias do Correio da Bahia. Salvador, 2002, p 20 a 26.

 

ORAIS:

5º. Depoimento de minha avó Vitalina Ferreira Dias, de 82 anos. Depoimento de meu tio Pedro Lopes, em dezembro de 2011.

6º. A narrativa do meu pai Osvaldo Lopes de Silva em dezembro de 2005.

ELETRÔNICAS; https://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=292010&search=bahia%7Cmairi%7Cinfograficos:-dados-gerais-do-municipio.



[1]  VILLA, Marco Antônio. Vida e morte no sertão: história das secas no nordeste nos XIX e XX. São Paulo: editora Ática-2001, p. 190, 192.

[2] Podemos citar ainda Português, Arvoredo, Pancada, Canário, Moita Brava e Moreno.

[3] As volantes eram grupos militares mantidos pelo Estado. Seus membros eram nativos recrutados que conhecia bem a região, para combater o cangaço.

[4] Situado em antiga região aurífera, próxima a cidade de Jacobina, a vila de Monte Alegre passou a chamar-se Mairi, por força do Decreto-lei Estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo Decreto Estadual nº 12978, de 01-06-1944.

[5] Cortado as proteções do corpo fechado, na qual os cangaceiros acreditavam.

 

 

 

 

 

 

[6] Bobados derivado de bobo. Expressão de uso corrente entre os sertanejos.

[7] Prática de rezas e curas usadas no interior do Brasil. Sugerimos consulta a medicina popular do Brasil.

[8] Denominação que os sertanejos davam as volantes, aos grupos policiais.

[9] Derivado de coito, ou seja, esconderijo.

[10] Denominação pejorativa que os cangaceiros davam os policiais.

[11] NASCIMENTO, José Anderson. Cangaceiros, coiteiros e volantes. -são Paulo: Editora Ícone, 1998,  P. 228.

[12] Cordão delgado de ouro usado principalmente pelas mulheres.

[13] Povoado pertencente ao município de Serrolândia, cidade do semiárido baiano.

[14] Poderoso fazendeiro e latifundiário domiciliado naquela zona.

[15] CHANDLER, Billy Jaynes. Lampião reis dos cangaceiros. Rio de janeiro:paz e terra 1981.

[16] MELLO, Frederico Pernambucano. Guerreiros do sol: o banditismo no nordeste do Brasil. Ed. A Girafa. São Paulo, 2004, P. 418, (legenda fotográfica)